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Segredos e Benefícios:
O vinho sem álcool é uma excelente alternativa ao vinho tradicional e proporciona a mesma experiência para o paladar, além de manter todas as propriedades — mesmo depois de passar pelo processo de desalcoolização. Como veremos, pesquisas indicam que, em alguns casos, os vinhos que não contêm álcool são mais amigáveis à saúde em comparação com a bebida convencional.
Por isso, consumidores que não abrem mão da saúde e bem-estar e têm restrições em relação ao álcool, por exemplo, apostam cada vez mais nos vinhos não alcoolizados, visto que apresentam inúmeros benefícios para saúde.
Podemos citar pessoas com restrições de saúde como diabetes, pressão alta e doenças do coração, por exemplo, assim como consumidores que preferem vida saudável — sem álcool —pessoas com motivações religiosas, além das gestantes e mamães que gostam de vinho, mas preferem preservar a saúde dos bebês e não arriscar no vinho com álcool.
Quer conhecer um pouco mais sobre os benefícios do vinho sem álcool? Então, continue conosco e saiba como você pode consumir vinho com saúde nos melhores momentos da vida.
Afinal, como são feitos os vinhos sem álcool?
Assim como vinho convencional, os vinhos desalcoolizados também passam pelo processo de fermentação das uvas, quando se converte os açúcares presentes na fruta em álcool — o que ocorre por meio da ação das leveduras.
No caso dos vinhos sem álcool o cuidado está na técnica apurada, que poucas vinícolas praticam, para remover posteriormente o álcool em uma etapa que acaba por gerar perda significativa do volume da bebida, além de demandar bastante investimento. Quando se chega a um teor alcóolico menor do que 0,5%, então se considera que o vinho é sem álcool. A partir daí ele segue direto para comercialização.
Quais os principais processos utilizados para a retirada do álcool do vinho?
Fervura
Importante observar nesse processo que o ponto de ebulição do álcool é 78°C contra 100°C da água. Portanto, ao aquecer o vinho a essa temperatura, consegue-se promover a evaporação do álcool mediante a fermentação das uvas.
Para manter as qualidades do vinho, alguns produtores investem na fervura a vácuo, minimizando a temperatura e o tempo necessário para se chegar ao vinho desalcoolizado. Assim, é possível manter os sabores e as características originais.
Osmose reversa
Apesar de ser mais caro, esse processo é considerado mais eficaz que a fervura no que diz respeito à conservação das propriedades e características do vinho. Neste caso, a bebida é filtrada, de forma que o álcool e a água são retirados do composto. Posteriormente, esse material passa por uma etapa de destilação, que visa separar o álcool e retirá-lo da solução. A água, totalmente separada, é recolocada no vinho e o álcool é descartado.
Destilação a vácuo
Trata-se de um processo realizado sob pressão atmosférica reduzida. A temperatura de ebulição da bebida é atingida quando a pressão de vapor se iguala à pressão externa. É possível diminuir artificialmente a pressão sobre o líquido para fazer a destilação a uma temperatura inferior ao ponto de ebulição normal. Isso faz com que a temperatura para a evaporação do álcool seja menor. Com esse processo, o álcool é praticamente todo extraído do vinho por meio da mudança de pressão.
Vinho não alcoolizado tem as mesmas propriedades?
Ao contrário do que muitas pessoas podem imaginar, os vinhos sem álcool mantêm as principais propriedades da bebida tradicional:
- Os sabores;
- Os aromas;
- As Propriedades Medicinais.
Isso quer dizer que, principalmente por não conter álcool, eles são uma opção ainda mais saudável para quem deseja continuar consumindo um bom vinho, mas por preferências pessoais e necessidades de saúde precisam evitar bebidas alcoolizadas.
Resveratrol, Polifenóis e Flavonóides: os segredos dos vinhos
Por falar em propriedades, o vinho oferece muitos benefícios para a saúde. Se você já ouviu essas palavrinhas mágicas então preste atenção no que elas representam para o seu corpo!
Polifenóis
Polifenol é um composto que tem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Os Polifenóis são encontrados em plantas, tais como Flavonóides, taninos, lignanas, derivados do ácido cafeico. Os vinhos apresentam grandes quantidades dessa substância, mais especificamente o Resveratrol, um dos cerca de 200 Polifenóis presentes nos tintos.
Resveratrol
Ele é um excelente antioxidante, muito encontrado em algumas plantas e frutas, como a uva, além de cerejas e mirtilos, por exemplo. O vinho tinto é uma fonte bem rica dessa substância, que oferece diversos benefícios para a saúde, como a diminuição do colesterol e minimização do risco de doenças cardiovasculares (explicaremos melhor esses benefícios adiante).
Também vale citar que o Resveratrol contém características anticancerígenas, visto que ajuda a suprimir a proliferação de diversas células tumorais protegendo o organismo contra câncer de próstata e de cólon, por exemplo.
Os Flavonóides
Os Flavonóides são compostos bioativos do grupo dos Polifenóis muito encontrados em frutas, cereais, hortaliças e, também, nos vinhos tintos. São ricos em propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias, analgésicas, vasodilatadoras e anticancerígenas. Eles ajudam a proteger o organismo de radicais livres e retardam o envelhecimento precoce das células.

Suco de Uva é Vinho sem Álcool?
Por mais que muitas pessoas acreditem que possam ser semelhantes, é importante destacar que vinho sem álcool não é a mesma coisa que suco de uva. Essa diferenciação se dá, basicamente, pelo processo de produção pelo qual as duas bebidas passam.
O vinho desalcoolizado é produzido a partir do vinho convencional, ou seja, com as mesmas propriedades. Ele é elaborado com base no processo de fermentação (que garante diversas propriedades) e, posteriormente, passa pela desalcoolização.
Já o suco é feito por cozimento, que pode conter (ou não) açúcar, água e maceração. O suco de uva passa pelo processo de pasteurização e então é engarrafado. Existem opções que ainda utilizam a maçã durante a elaboração (nesse caso, ele não é uma opção 100% integral).

Beneficios dos Vinhos para a Saúde
Você provavelmente já ouviu essa constatação popular: vinho é o melhor remédio.
Embora existam inúmeras comprovações científicas sobre essas qualidades — como as já citadas neste post — também há estudos que não são conclusivos sobre os reais benefícios da bebida consumida, mesmo que moderadamente. Os estudos são unânimes quando afirmam que os Polifenóis encontrados, principalmente, nas cascas e sementes das uvas são os principais responsáveis pelos efeitos terapêuticos dos vinhos. Algumas vantagens citadas nos estudos incluem:
- Diminuição do colesterol ruim (LDL);
- Combate o câncer;
- Melhora na aparência da pele;
- Prevenção do envelhecimento precoce;
- Aumento do bem-estar (por meio da eliminação de toxinas);
- Minimização do risco de doenças cardiovasculares;
- Melhora no combate a inflamações;
- Ganho de massa óssea;
- Agiliza a cicatrização de ferimentos.
Vinho faz bem ao coração?
Como dito, os Polifenóis (principalmente o Resveratrol) contribuem para a diminuição do colesterol. Se o consumo for aliado a uma dieta saudável e exercícios físico, essas substâncias ajudam a minimizar o risco de infartos e outras condições cardíacas.
Além disso, é comum que pessoas que têm os níveis de colesterol aumentados também apresentem a pressão arterial elevada. Essa combinação é um grande fator de risco para o coração. Ao combatê-las, aumenta-se as chances de levar uma vida mais saudável.
É verdade que vinho é bom para pressão arterial?
Sim. Graças aos Polifenóis, os vasos sanguíneos ficam mais relaxados e a pressão sanguínea é diminuída.
Vinho ajuda a regular o intestino?
Os Polifenóis mais uma vez entram em ação e oferecem benefícios para o sistema digestivo, influenciando o funcionamento do intestino, tornando-o mais regulado para quem sofre com constipações, ele, quando consumido regularmente, promove um efeito laxante.
Protege da osteoporose?
O Resveratrol (aliado às vitaminas e minerais presentes nas uvas) é importante para a densidade óssea. O resultado disso é um reforço na prevenção de problemas como a osteoporose e outras doenças similares.
Afinal, existe o melhor vinho para a saúde?
Apesar de os benefícios do vinho branco também serem comprovados, o vinho tinto é considerado o mais saudável. Isso se explica, principalmente, pelo diferente processo de elaboração dessas duas bebidas e pela conservação de propriedades importantes durante a produção das uvas tintas e brancas.
No branco, os resíduos (como as sementes e a pele) são retirados antes do processo de fermentação, enquanto no tinto eles fazem parte da composição já que são elas que dão o pigmento e o sabor mais marcante – lembra que os Polifenóis são encontrados, sobretudo, nas sementes e cascas das uvas?
Por isso, a presença desses resíduos faz com que o vinho tinto se torne mais rico em Resveratrol (um dos cerca de 200 Polifenóis do vinho).
A boa notícia é que no caso dos vinhos sem álcool a concentração desses agentes terapêuticos é ainda maior, como veremos a seguir.
Por isso é que o tinto é considerado o mais saudável, embora essa substância também esteja presente no branco, mas em menores quantidades.
Seco ou Suave? Fique de olho no teor de açúcar!
A escolha do vinho seco ou suave vai muito além do paladar e envolve também questões relacionadas às condições de saúde.
Vinho Seco
Se formos olhar o teor de açúcar, o vinho seco deve conter, no máximo, 4g de açúcar residual para cada litro de vinho seco.
O chamado açúcar residual permanece depois que o processo de fermentação é finalizado (lembrando que parte da substância é transformada em álcool nessa fase). Assim, se o que sobra for menor que 4g por litro, constitui-se o que conhecemos como vinho seco.
Vinho suave
Já o vinho suave, por sua vez, conta com uma quantidade maior de glicose e, por isso, apresenta um sabor mais adocicado. Isso acontece devido à adição de açúcar no processo de produção. Dessa forma, para ser considerado suave, o vinho deve apresentar cerca de 25g de glicose por litro.
Nessa composição, é possível encontrar rótulos produzidos com uvas viníferas e também com as opções de mesa (aquelas que consumimos em casa).
Devido a isso, o vinho suave não é recomendado para pessoas que têm restrição quanto ao consumo de açúcar, como é o caso de diabéticos e pessoas acometidas por demência.
É verdade que Vinho sem Álcool é melhor para o coração?
Sim. Lembra-se que falamos sobre a perda de bebida no processo de produção do vinho sem álcool? Justamente por isso, para que se consiga elaborar 1 litro de vinho desalcoolizado são necessários aproximadamente 2 litros de vinho.
Isso significa que a concentração de Flavonóides é bem maior no vinho que não contém álcool, representando em média 65% a mais em relação ao vinho convencional.
O melhor: se já existem pesquisas que mostram os benefícios do vinho para o coração, o vinho sem álcool éainda mais benéficos para a saúde cardiovascular. Isso é o que foi comprovado cientificamente por pesquisadores da Universidade de Barcelona.
De acordo com o estudo, o vinho sem álcool é um ótimo aliado para:
Reduzir em 20% o risco de derrames;
Diminuir em 14% os riscos de doenças cardíacas.
Os cientistas concluíram que esses benefícios ocorrem em função da rica concentração de Polifenóis nos vinhos que passam pela desalcoolização, e não no álcool da bebida convencional. Outra conclusão é que a bebida não alcoólica pode aumentar a concentração de óxido nítrico no sangue, substância que relaxa os vasos sanguíneos.
Para os pesquisadores da Universidade de Barcelona chegarem a essa conclusão eles investigaram o comportamento de consumidores voluntários por meio de degustações de vinho tradicional e sem álcool.
O resultado apontou que apenas o vinho sem álcool foi capaz de reduzir a pressão sanguínea dos voluntários. No total, participaram da pesquisa 67 diabéticos (com três ou mais fatores de risco para doenças cardíacas). O estudo aconteceu assim: em três períodos de quatro semanas, os voluntários consumiram vinho tinto, vinho sem álcool e gim, durante as refeições.
No final do teste, somente o vinho tinto desalcoolizado afetou positivamente a pressão sanguínea dos voluntários, sendo responsável pela avaliação positiva de que é um grande aliado da saúde para reduzir em 20% o risco de derrames e 14% as chances de desenvolver doenças cardíacas.
Por que vinho sem álcool são melhores para grávidas
É natural que muitas pessoas questionem se pode beber na gravidez. Contudo, a maioria dos médicos veta o consumo de álcool, mesmo em quantidades pequenas durante a gravidez. Isso significa que as mulheres precisam passar um período considerável sem consumir bebidas alcoólicas.
Essas restrições são importantes para evitar danos à saúde da mamãe, mas, principalmente para a do feto.
Consequências do álcool na gravidez
O maior risco de se consumir álcool na gravidez é o fato de que a substância passa pela placenta. Na prática, isso significa que o feto sempre vai apresentar a mesma concentração alcoólica no sangue que sua mãe. O agravante é que, por não ser desenvolvido, o fígado do bebê não consegue processar o álcool ao contrário da mãe.
Em decorrência disso, podem surgir diversas malformações, mesmo quando o consumo é feito em pequenas quantidades. Entre as principais consequências, podemos citar:
- Atraso no crescimento;
- Problemas no sistema nervoso;
- Parto Prematuro;
- Abortamentos;
- Síndrome alcoólica fetal.

Síndrome alcólica feta; o que é e quais são as suas consequências?
A síndrome alcoólica fetal (SAF) é um quadro caracterizado por uma série de sintomas e sinais apresentados pelo bebê, decorrentes da ingestão de álcool pela mãe durante a gestação. Ela traz diversas consequências para o desenvolvimento do bebê, principalmente o déficit intelectual.
Ela é de difícil diagnóstico, mas é possível fazer a identificação por meio de entrevistas clínicas (a fim de checar o histórico da mãe no que diz respeito ao consumo de álcool na gravidez).
Entre as principais complicações que podem surgir, podemos citar:
- Anomalias na face, como a fissura e a ptose palpebral (abertura reduzida e queda da pálpebra, respectivamente);
- Achatamento incomum de um dos lados da cabeça;
Nariz achatado e redondo (antevertido); - Complicações no crescimento (baixo peso, problemas no desenvolvimento dos ossos e dos músculos)
- Problemas no sistema nervoso, como a microcefalia, malformação no cérebro (que acarreta epilepsia e atraso no desenvolvimento, por exemplo);
- Problemas na coordenação motora, convulsões e distúrbios no equilíbrio, por exemplo (hipoplasia cerebelar);
- Hidrocefalia;
- Perda de audição;
- Déficit no aprendizado;
- Hiperatividade, transtorno do déficit de atenção, transtornos de personalidade, dificuldade no planejamento das rotinas e impulsividade, por exemplo.
- Condições congênitas nos órgãos, como deficiências cardíacas, problemas nos membros, falhas nos rins, problemas oftalmológicos, lábio leporino, deficiências nas orelhas.
Bebidas alcoólicas e a amamentação
Da mesma forma como o ocorre na gravidez, bebidas alcoólicas e amamentação não formam uma boa combinação. Parte disso se dá pelo fato de que não é possível definir quais são os níveis seguros para a ingestão de álcool.
Devido a isso, médicos e especialistas preferem desestimular esse consumo, principalmente quando a única fonte de alimentação do bebê é o leite materno. Diante disso, sempre que a mãe fizer a ingestão de álcool, ele passará para o bebê por meio do leite, o que pode trazer consequências que incluem:
- Problemas no apetite;
- Sonolência;
- Sono leve;
- Aumento do risco de agravar quadros de refluxo.
Da mesma forma como ocorre com o feto, é possível que o álcool cause problemas no desenvolvimento do bebê. Além disso, vale lembrar que, dependendo da quantidade ingerida, a própria mãe pode não ter condições de cuidar do filho adequadamente (com segurança).
Bebidas alternativas para gestantes e lactantes
Se você aprecia certos tipos de bebidas pelo sabor que elas têm e deseja continuar consumido sem sofrer com as consequências do álcool, precisa saber que existem alternativas saudáveis. É o caso do vinho e da cerveja não alcóolica.
Onde comprar vinhos sem álcool?
A recomendação é que você avalie sempre a dosagem de álcool no rótulo que está sendo vendido e se certifique de que ela seja inferior a 0,5% qualquer teor que seja superior a esse percentual já não pode ser classificado como não alcóolico.
Outro ponto importante é comprar em lojas confiáveis. O Empório Sem Álcool é uma loja especializada em bebidas desalcoolizadas e trabalha com marcas e vinícolas renomadas e produtos certificados como Espumantes e Gaseificados. Nós Oferecemos Também excelentes opções e tipos de Vinhos Sem Álcool como:
- Tintos;
- Rosés;
- Brancos;
Como você pôde ver, o vinho sem álcool é uma excelente opção para todos que, por vários motivos, preferem evitar o consumo de álcool: gestantes, lactantes, pessoas com restrições de saúde, motivações religiosas, consumidores que não abrem mão da saúde e boa forma e preferem bebidas sem álcool. Vale reforçar que o consumo regular ajuda a promover diversos benefícios para o organismo, melhorando a saúde e o bem-estar.
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Sobre Nós Empório Sem Álcool
Qual o melhor método doméstico para a remoção do etanol em vinhos?
Olá, Aurelino! Existem vários métodos de desalcoolização que vai desde a Osmose Reversa até mesmo Spinning Cone (cone giratório com baixa temperatura). Creio que método doméstico não seja possível!
Grato Pollyana!
Mas, no caso de eliminação do etanol por evaporação, sabes informar qual a temperatura recomendada e o tempo necessário para um resultado de teor menor ou igual a 0,5 %?
Grato Pollyana!
Mas, no caso de eliminação do etanol por evaporação, sabes informar qual a temperatura recomendada e o tempo necessário para um resultado de teor menor ou igual a 0,5 %?
Oi, Aurelino! Como está? Aurelino na verdade quase nenhuma e posso estar errada, mas nenhuma vinícola usa de esquentar para obter a evaporação, até porque isso degrada o vinho e ele perde aspectos importantes. Modifica demais tanto o sabor como aroma. Eles usam na verdade diferentes métodos. Vou deixar o link de um dos métodos https://www.instagram.com/tv/CN-yG6Wlokb/?utm_source=ig_web_copy_link
Adoro degustar um bom vinho, amo esta bebida, mas por opinião própria resolvi experimentar este néctar conhecido como vinho “sem álcool” e adorei, continuo a degustar a bebida com mais saúde e recomendo, é um pouco mais cara, mas acredito que saúde é tudo.