Cervejas Sem Álcool
Cervejas artesanais também apresentam versões sem álcool da bebida.
Se você tem preferência por cervejas sem álcool e está buscando tipos diferentes para consumo a boa notícia é que o crescimento do mercado de cervejas convencionais também pode favorecer a oferta em escala das cervas que não contém álcool.
Cervejas Sem Álcool : Um exemplo disso é cerveja artesanal. De acordo com pesquisa feita pela startup Mind Miners em parceria com a AT Kearney, 65% dos entrevistados já provou algum rótulo produzido por marcas de pequena escala. Entre essas pessoas, 53% afirmaram ter experimentado cervejas artesanais, e 12% dos entrevistados disseram consumi-las com frequência.
Cervejas Sem Álcool : Este dado mostra que o gosto do brasileiro para a cerveja tem mudado, mas o que poucas pessoas sabem é que entre as cervejas artesanais convencionais também existem opções sem álcool. As cervejas artesanais com zero teor alcoólico são produzidas sob os mesmos processos de uma cerveja normal. A diferença é que o álcool é retirado por meio de algumas técnicas.
Cervejas Sem Álcool : Segundo o coordenador técnico da Escola Superior de Cerveja e Malte, Hononato Pradel Neto, a adoção de novas tecnologias fez com que as variações sem álcool mantivessem todas as características de aroma e sabor. “A técnica de destilação e recuperação de aromas permite que sejam produzidas cervejas normais, que passam pelo processo de desalcoolização. Junto com o álcool, alguns aromas são evaporados, essas composições são separadas e depois reintroduzidas na bebida, tornando-a saborosa novamente”, explica o especialista em vídeo no canal do Youtube.
As cervejas que não contém álcool apresentam vantagens comprovadas para a saúde. Conforme estudo publicado no site Beer and Health foram apontadas melhorias na qualidade do sono e redução de ansiedade em pessoas que consumem o produto. A pesquisa examinou, por exemplo, o efeito nos níveis de ansiedade em uma população estressada. Os indivíduos classificaram seus níveis de estresse mais baixos depois de beber cerveja não alcoólica por duas semanas, em comparação com um período de controle quando eles não bebiam cerveja não alcoólica.
Como já sabemos que as cervejas sem álcool também são produzidas com as mesmas técnicas e processos das bebidas tradicionais, vale a pena conhecer os detalhes que ressaltam o sabor dessas bebidas.
Cervejas artesanais e industriais: saiba as principais diferenças
Tudo começa pela qualidade e pureza dos ingredientes. As grande indústrias de cerveja utilizam uma combinação em suas receitas, nas quais, em média, o malte de cevada corresponde a 60% do produto e outros cereais não-maltados, como arroz e milho, garantem os outros 40%. Esse tipo de cerveja ainda pode conter outros produtos, como estabilizantes e antioxidantes.
As cervejas artesanais, por sua vez, costumam combinar, de maneiras diferentes a seguinte seleção: levedura, água, lúpulo e malte. A mistura desses ingredientes dão personalidade para a cerveja e sua dosagem fazem com que as artesanais variem entre os 120 estilos cervejeiros conhecidos.
Entre essas possibilidades estão o grau de torra do malte, a aplicação de diferentes tipos de lúpulo e de levedura.
Em relação à fabricação, as diferenças ficam ainda mais acentuadas e residem no processo que começa pela brassagem, passa pelo armazenamento, filtragem e envase.
As diferenças entre um método e outro começam na elaboração da receita. Enquanto as industriais costumam apostar em produtos mais leves e simples, as artesanais procuram chegar a aromas e sabores diferentes, geralmente mais realçados.
Uma característica que afeta a fabricação é a adoção de métodos mais tradicionais por parte dos cervejeiros artesanais. A Lei de Pureza Alemã, de 1516, ainda é seguida por muitos fabricantes e isso implica em períodos de maturação e fermentação mais lentos.
Outro aspecto que afeta a relação entre cervejas feitas em grande escala e as especiais é a capacidade de harmonização. A variedade de combinações entre alimentos e cerveja geralmente é mais ampla quando envolve bebidas artesanais.
Água, malte, lúpulo, levedura e especiarias: qual o segredo dos sabores?
A busca por novos sabores faz com que os cervejeiros busquem os mais variados tipos de ingredientes, que podem agregar novos aromas e sabores às suas receitas. Isso eleva a complexidade da bebida, por tabela.
Condimentos e especiarias como café, canela, anis, coentro, erva-mate, pimenta, gengibre, entre outros, adicionam características diferentes à cerveja, tornando-as mais marcantes.
Exemplos disso não faltam: como o estilo witbier, belga, que utiliza o coentro como especiaria ou ainda algumas stouts inglesas que recebem adição de café ou chocolate para realçar o tostado do malte.
Um dos objetivos desse tipo de tempero é justamente o de extrair e realçar novos sabores. Isso vem das reações de compostos químicos, como açúcares, óleos, sementes e extratos.
A aplicação das especiarias e condimentos pode ser feita tanto no momento da fervura do mosto, o que agrega aromas e sabores mais suaves, quanto no processo de maturação, pelo qual a extração ocorre pela presença do álcool.
O uso do açúcar e seus derivados como aditivos também são características utilizadas por muitos cervejeiros para trazer complexidade ao sabor, por meio do aumento dos açúcares no mosto.
Os estilos belgas costumam ter a aplicação de candi sugar (uma espécie de açúcar cristalizado) para destacar os sabores complexos dessas receitas. Outro exemplo desse uso é o açúcar demerara, que por ser menos refinado, acrescenta toques de mel e melado à cerveja.
A extração de óleos é outro procedimento eficaz no uso de especiarias. Esse tipo de substância está presente em frutas e suas cascas, sementes, plantas e raízes. Um exemplo dessa aplicação é o da já citada witbier, que recebe uma adição de casca de laranja, que pode ser substituída pelo óleo essencial da fruta, denominado limoneno. Na prática, a cerveja ganha um caráter bem mais cítrico.
Como é feito o controle de qualidade das cervejas artensanais?
A produção cervejeira deve ter como parâmetro principal o controle da qualidade, o que envolve boas práticas sanitárias e que ofereça segurança alimentar. A observação de todos esses processos e sua adequação à legislação passa necessariamente pelos conceitos da microbiologia. Isso ocorre porque se a levedura (elemento que atua decisivamente para a fabricação da cerveja) não for manuseada da maneira correta, pode comprometer toda a produção.
Os casos de contaminação são frequentes e podem ser evitados com a instalação de um laboratório, onde seja possível realizar análises microbiológicas e que atestem a qualidade das leveduras utilizadas.
A produção cervejeira depende diretamente disso, já que ao atingir os parâmetros desejados, os lotes agradarão aos consumidores e garantirão a qualidade do produto, mantendo as características sensoriais adequadas numa cerveja.
Além de ter baixa complexidade, a implantação de instrumentos de controle de qualidade pode oferecer um retorno importante a curto prazo, já que o valor agregado da cerveja certamente se eleva com a qualidade do produto vendido.
O que você achou? Agora que já conhece um pouco mais sobre o processo de produção que também se aplica às cervejas artesanais sem álcool o que acha de conferir nossas Bebidas Especiais?