Álcool e Moradores de Rua Álcool e Moradores de Rua

Além dos Olhares: Álcool e Moradores de Rua

Você sabia que o uso de álcool é um dos principais problemas entre os moradores de rua? Eles bebem para esquecer suas dificuldades e acabam fazendo besteiras, como brigar ou se envolver em atividades ilícitas.

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Você sabia que o uso de álcool é um dos principais problemas entre os moradores de rua? Eles bebem para esquecer suas dificuldades e acabam fazendo besteiras, como brigar ou se envolver em atividades ilícitas. Isso os torna alvos fáceis para a polícia e aumenta o risco de violência. Além disso, o álcool afeta diretamente a saúde, causando doenças como cirrose e câncer. Por isso, é importante conscientizar esses moradores sobre os perigos do uso abusivo desse produto.

A Relação Entre o Álcool e Moradores de Rua

O alcoolismo causa diversos problemas, tanto para quem consome quanto para quem está ao redor. Além de prejudicar a saúde, o uso abusivo do álcool pode levar à violência, à destruição de vidas e à perda da dignidade. Por isso, é importante conscientizar as pessoas sobre os riscos do consumo excessivo de álcool e incentivar o tratamento para aqueles que já estão dependentes.

É constantemente observado o aumento de pessoas vivendo sob a sombra da pobreza, com ausência do mínimo para uma sobrevivência digna e tendo como abrigo as ruas. A exclusão social, ruptura de relações afetivas com o mercado de trabalho gera diversos problemas, entre eles os relacionados ao uso de drogas lícitas e ilícitas. No Brasil, entre os principais motivos para a rualização, encontram-se problemas com o alcoolismo, drogas, desemprego e desavenças familiares (BOTTI et al, 2010). 

Estudo da Revista Eletrônica em Saúde Mental (SMAD) que usou como amostra moradores de rua vivendo em Belo Horizonte, a maioria homens entre 31 e 45 anos, revelou prevalência de uso de álcool de 61,22%. Além disso, o uso de álcool foi associado ao principal problema de saúde mental desse grupo social e fator de fragilização da saúde, gerando uma maior suscetibilidade a outras enfermidades e acidentes físicos. Entretanto, o álcool também foi elencado como agente socializador, quando desvinculado do alcoolismo. Seu uso moderado parece integrar aquilo que se encontra tão fragmentado em meio aos moradores de rua, que são as relações (BOTTI et al, 2010). 

A representação social do álcool está associada à alegria e ao prazer, ao contrário da representação do crack, por exemplo, que é marcadamente negativa, relacionada a sentimentos como a tristeza, aversão e sofrimento. Os adictos do álcool são considerados diferentes dos demais, pois trabalhavam regularmente enquanto estavam nas ruas. Além disso, eles são mais velhos e já se desfizeram de mais laços familiares (SPADONI, 2017). 

O uso do álcool faz parte da realidade das ruas, seja como maneira de atenuar a fome e o frio ou como forma de socializar, sendo algo que compõem o estilo de vida dos moradores de rua (Costa, 2005; Snow & Anderson, 1998). 

Assim, são necessárias estratégias para mudar a realidade dessas pessoas envolvendo a sua reinserção na sociedade, no mercado de trabalho, promovendo a sensação de contribuição e utilidade, além conclui-se que as propostas que respondem às necessidades de trabalho e moradia são imprescindíveis para a consecução da saída das ruas, o que a maioria das políticas públicas oferece (BOTTI et al, 2010).

Sabemos que o álcool é problemático para qualquer indivíduo, tendo um impacto maior ainda sobre pessoas em situação de vulnerabilidade como os moradores de rua. A intervenção nos hábitos desses indivíduos deve levar em conta seus aspectos sociais. Um artifício interessante seriam as Bebidas Sem Álcool, permitindo a inserção em seu meio social sem os malefícios do consumo de álcool. No Empório Sem Álcool, há diversos tipos e sabores para você aproveitar!

Referências 

ANDERSON, Leon; SNOW, David. Desafortunados: um estudo sobre o povo da rua. Petrópolis: Editora Vozes, 1998. 

BOTTI, Nadja Cristiane Lappann et al. Padrão de uso de álcool entre homens adultos em situação de rua de Belo Horizonte. SMAD, Revista Electrónica en Salud Mental, Alcohol y Drogas, v. 6, p. 536-555, 2010. 

Costa, A. P. M. (2005). População em situação de rua: contextualização e caracterização. <https://www.redalyc.org/pdf/3215/321527157003.pdf>Revista Virtual Textos & Contextos, 4(IV), dez. 

SPADONI, Lila et al. Perfil de drogadição e práticas sociais entre moradores de rua. Psicologia e saber social, v. 6, n. 1, p. 113-128, 2017. DOI: 10.12957/psi.saber.soc.2017.30670.

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