O Consumo de Álcool pode interferir na cicatrização por influenciar em alterações sistêmicas e locais que aumentam o tempo de fechamento da cicatriz. Esse texto contém as informações necessárias para você entender quais são de fato os efeitos do álcool na cicatrização.
A Cicatrização é Dividida em Três Fases: Inflamatória, Proliferação e Remodelamento.
A cicatrização é dividida em três etapas, sendo elas a inflamatória, a proliferação e o remodelamento. Para que a cicatrização está completa, o organismo deve produzir novamente a matriz extracelular (MEC), que, em uma analogia, pode ser considerada a “arquitetura da pele”, já que é composta por moléculas que irão auxiliar no crescimento e manutenção do tecido (Rosa et al.,2018).
Envolvidos na produção das moléculas da MEC estão os mediadores químicos como os queratinócitos (uma das principais células da pele), os fibroblastos (que produzem compostos como o colágeno) e o fator beta (Rosa etal., 2018).
Devido à sua capacidade de atrasar ou diminuir a formação da matriz extracelular, o consumo de álcool tem sido relacionado negativamente ao processo de cicatrização em pesquisas iniciais com ratos.
Para a Cicatrização Completa, é Preciso Reconstituir a Matriz Extracelular (MEC), que é Formada de Moléculas como o Colágeno e a Queratina.
O colágeno, por exemplo, é o componente primário da MEC. Estudo de Radek et al. (2007) mostrou que o álcool pode alterar a síntese de colágeno e ainda reduzir significativamente o conteúdo total de colágeno quando comparado à situações sem exposição ao conteúdo alcoólico. Ainda, o álcool é capaz de favorecer o processo de quebra de proteínas por enzimas (proteólise), promovendo a degradação da matriz extra celular (Radek et al., 2007).
Trabalho publicado no periódico Mediators of Inflammation também apresenta dados acerca da influência do álcool em alterações celulares que prolongam o fechamento da cicatriz, sendo que a indução de alterações sistêmicas e locais, na região lesionada, possivelmente contribuem para um processo inflamatório que prejudica a cicatrização (Rosa et al, 2018).
O Álcool Também Favorece a Quebra de Proteínas e Reduz a Quantidade de Vascularização na Ferida.
Por fim, os estudos citados também mencionam uma menor vascularização em ferimentos quando o organismo está exposto ao álcool, graças ao atraso do início da angiogênese (processo de formação de vasos sanguíneos). Assim, o consumo de álcool retarda o tempo de cicatrização, já que a vascularização é um importante fator para a cicatrização, por trazer consigo oxigênio e nutrientes necessários para a reconstituição da ferida (Rosa et al., 2018).
Dessa forma, apesar de apresentarem apenas estudos iniciais em ratos, os dados levantados sugerem um grande prejuízo ao processo de cicatrização, justificando assim a indicação do não consumo de álcool em situações como pós-operatórios, colocação de piercings e tatuagens e presença de ferimentos.
Mas nesses períodos você não precisa se preocupar em não comemorar momentos especiais com brindes, nossos produtos são sem álcool e dessa forma podem ser consumidos sem influenciar sua cicatrização. Aproveite!
Está em algum processo de cicatrização e não quer deixar de tomar uma bebida especial? Conheça nossos produtos:
Para verificar outros rótulos, clique aqui:
Referências
ROSA et al. High-Fat Diet and Alcohol Intake Promotes Inflammation and
Impairs Skin Wound Healing in Wistar Rats. Mediators of Inflammation. 2018.
Disponível em https://www.hindawi.com/journals/mi/2018/4658583/. Acesso
em: 22 abr. 2022.
RADEK, Katherine A.; KOVACS, Elizabeth J.; DIPIETRO, Luisa A. Matrix
Proteolytic Activity During Wound Healing: Modulation by Acute Ethanol
Exposure. Alcoholism: Clinical and Experimental Research, v. 31, n. 6, p.
1045-1052. 2007. Disponível em https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/17403061/.
Acesso em: 22 abr. 2022.
