Diferenças dos Vinhos Secos, Meio Secos e Suaves. Saiba Mais!
Você já deve ter percebido que existem diversos tipos de vinho e uma das características mais marcantes é a sensação mais macia (do vinho suave) ou mais “forte” (do vinho seco).
Porém, indo além do paladar adocicado (ou não), você sabe quais são as principais diferenças entre essas opções de bebidas?
Neste artigo você entenderá melhor a classificação de cada um deles e o papel do açúcar no sabor e aromas dos vinhos.
Continue conosco e saiba mais nos próximos tópicos!
Qual a diferença entre vinho seco, meio seco e suave?
Existe uma legislação específica para a produção de vinhos no Brasil. Trata-se da Lei nº 8.198, que regulamenta diversas questões acerca dessa bebida, incluindo a classificação de vinho seco, meio seco e suave. De modo geral, pode-se dizer que a maior diferença entre essas opções está na quantidade de açúcar residual que fica na bebida depois de pronta.
Isso porque grande parte desse açúcar é convertido em álcool — que depois é retirado mediante alguns processos específicos para a produção do vinho não alcoólico.
Então, a quantidade (em gramas) que resta no final é que determina em qual classificação a bebida se encaixa. A seguir, explicamos melhor como isso funciona em cada caso.
Vinho Seco
O vinho seco é aquele que tem pouco ou nenhum açúcar que possa ser percebido pelo nosso paladar. Devido a isso, você consegue perceber o gosto e o aroma com mais facilidade do que quando o açúcar está mais presente.
De acordo com a legislação, as bebidas classificadas dessa forma podem ter, no máximo, 4 gramas de açúcar por litro.
Vinho Meio Seco (Demi-Sec)
O vinho meio seco, também conhecido como demi-sec, pode ter entre 4 e 25 gramas por litro. Devido a isso, é normal que você encontre algumas bebidas nessa categoria que estejam mais próximas do vinho seco, assim como outros rótulos podem ser mais doces, se aproximando do vinho suave.
Vinho Suave
Como se pode imaginar, o vinho suave é aquele que apresenta um paladar mais doce, decorrente da quantidade mais elevada de açúcar residual que fica depois do processo de produção. Portanto, para estar dentro dessa classificação, a bebida deve apresentar pelo menos 25g de açúcar por litro em sua composição.
Espumantes
Já os espumantes seguem a mesma lógica da quantidade de açúcar presente na bebida. Contudo, as nomenclaturas usadas para classificá-los são um pouco diferentes.
Doce: apresenta mais de 60g de açúcar por litro de bebida;
Meio seco (demi-sec ou meio-doce): apresenta entre 20g e 60g de açúcar por litro;
Seco (sec): apresenta entre 15g e 20g de açúcar por litro;
Brut: apresenta entre 8g e 15g de açúcar por litro;
Extra-brut: apresenta entre 3g e 8g de açúcar por litro;
Nature: deve conter, no máximo, 3g de açúcar por litro.
Como visto, essas bebidas borbulhantes têm mais classificações, o que pode tornar a escolha um pouco mais complexa, por não ter um meio-termo como é o caso do demi-sec.
Qual é o papel do açúcar nos aromas e sabores do vinho?
Como você pôde ver, o açúcar está diretamente ligado à classificação do vinho e também do paladar que a bebida proporciona. Isso acaba afetando as nossas escolhas na hora de escolher um rótulo, visto que uma pessoa que prefere o vinho doce (suave) provavelmente não vai gostar muito da sensação que o vinho seco deixa na boca.
Só isso já dá uma ideia de qual é a melhor escolha para seu gosto. Se você acha que o ideal é o meio-termo, sabe que o melhor caminho é optar pelo meio seco.
Entretanto, não é somente o açúcar que define o grau de doçura de um vinho. A acidez presente também pode afetar a percepção que se tem da bebida. Mas como? Quanto mais ácido ele for, menos doce você vai sentir no paladar.
Dessa forma, você pode ter dois rótulos que apresentam a mesma quantidade de açúcar por vinho, se a acidez for diferente, será possível notar que um é mais doce que o outro. No que diz respeito ao aroma, podemos dizer que ele é desenvolvido junto ao crescimento e amadurecimento da uva.
Aí existem dois pontos que são acompanhados bem de perto por enólogos e produtores: o amadurecimento aromático e o grau de açúcar. Se o grau de açúcar subiu, por exemplo, pode ser que seja necessário colher o fruto antes mesmo que o amadurecimento aromático tenha se completado.
Portanto, existem casos em que o açúcar também exerce um papel fundamental nos aromas que são percebidos no vinho — além de, claro, outras questões como o tipo de uva, a acidez, o terreno no qual ela foi cultivada e até mesmo a idade da bebida.
Quem tem diabetes pode tomar vinho suave?
Quem tem diabetes tem que ficar se policiando a respeito de tudo que come e bebe, principalmente quando tem açúcar envolvido. Antes de tudo, o ideal é que se converse com o médico e veja se existe alguma restrição ou se pode fazer uso moderado de certas comidas e bebidas.
No entanto, se for escolher algum rótulo para acompanhar uma refeição, ou mesmo como forma de relaxar no fim do dia, é recomendável que dê preferência para vinhos sem álcool e meio seco que, como vimos, têm um teor muito baixo de açúcar.
Essa é uma excelente forma de aproveitar as coisas que você gosta, moderadamente, mesmo com algumas restrições, o que também vale para gestantes, lactantes e aqueles que não consomem bebidas alcoólicas por crenças religiosas.
Vinho seco, meio seco ou suave deixaram de ser nomes aleatórios para você?
Com as informações que passamos no artigo certamente você saberá fazer escolhas melhores e que agradam mais ao seu paladar, principalmente no que diz respeito ao sabor marcante que envolve uma sensação mais doce ou mais puxada
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